sábado, 18 de maio de 2013

Confusão das figuras que habitam o meu coração


De longe, no lindo jardim
Seres ritmados vão compondo uma melodia de fulgor sem fim...
Bocas badalam,
Mãos dedilham e viajam sem direção, de repente
Quase tocam e arrebatam a incapaz emoção


Bailarinas vão saltando ao soar doce 
Que de vez a melodia faz...
Mas ah! Quando rápida e desritmada fica,
Ah, quanto prazer me traz!


Tudo corre 
É mistério, é intenso, profundo e
Breve
Me enlouquece, e se esvai...


Passando um véu sobre tudo isso,
Uma virgem moça atraente caminhando vai,
Tudo é calma, e os sonhos daquela
Saem na tentativa de apaziguar...


Nem desse modo, os habitantes de meu peito aquietam-se;
Estão agora a rasgar o véu, a rir, caçoar
E a convidar a pobre virgem a valsar...


Assim, batucando, rindo, cantando
Figuras habitantes vão compondo mais um som para a louca canção,
Fazendo temer, vibrar, enlouquecer e amar
Tudo que há em meu coração

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