quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Aos dezenove dias do mês de fevereiro do ano de dois mil e treze


  Palavras que eu quero pintar, escrever, rabiscar, tanto faz! Palavras que eu quero preencher neste espaço, nesta história! Já odiei as palavras por não expressarem totalmente o que eu sentia. Hoje são minha psicoterapia, hoje compreendo que não são elas que eu quero transmitir, mas sim meu sentimento...Por isso, se um dia algo que eu escrevi chegue às mãos de alguém, espero que  este não tente compreender o sentido com que encadeio as palavras, e sim o sentimento, o momento, a verdadeira poesia dentro da minha humilde poesia!
  Escrevo diretamente do meu cenário, é a minha grande apresentação que todos os dias tento fazer. Abro os olhos, e aqui estou eu neste palco! Sempre quis que este teatro fosse repleto de pessoas, a aplaudirem e chorarem comigo, hoje prefiro que ele seja abandonado assim, hoje que choro e mostro minhas falhas que por orgulho nunca mostrei a ninguém, prefiro e começo a amar este teatro abandonado.
  Hoje sou não sei o que, hoje não sinto nada, minhas pernas estão cansadas, só quero sentar na ponta do palco e escutar a canção da minha vida, sentar e ficar aqui até dormir. Dormir. Primeiro a dor e a raiva, depois esta falsa paz, depois o sono (minha vida tem se limitado a isso ultimamente). Sinceramente não ligo, (vai ver se é porque estou na falsa paz) não ligo mesmo, o único sentimento que tenho agora é ansiedade, preciso dormir!  Preciso dormir, preciso sonhar com coisas que não estejam relacionadas a mim ou a minha vida, ninguém me disse que seria tão difícil assim viver...
  Perdoe esta menina de poucos anos e suas palavras de puro drama (se é assim que me enxerga). Ela não quer abalar o mundo com estas palavras, ela não quer nada de tão grande, ela só quer e precisa escrever... Escrever é como sonhar sem precisar dormir. E esta menina que aqui se encontra precisa sonhar.