Era um rapaz surpreendente.
Surpreendentemente estranho.
Entregou-me um buquê de rosas (as rosas mais perfumadas que eu já pude ter sentido). E sentou-se à minha mesa.
Tudo corria aparentemente bem, a não ser por aquele olhar e aquelas palavras ditas tão comedidamente. Seu olhar era de demasiada intensidade e charme, olhava-me como se pudesse extrair cada minucioso detalhe do meu ser. Como se cada pedaço de essência que caísse de meus olhos, o cavalheiro rapidamente pudesse decodificá-lo, e tomar posse, cada minuto mais um pouco e mais um pouco.
Que charme aquele homem! E eu nem sabia nada ao seu respeito, só conhecia seus olhos, sua voz... Em vinte minutos de conversa, já me sentia totalmente nua. Será que já estou toda sobre a mesa? Meu Deus, mas nem conheço esse homem! Por que sentou-se aqui?
“Jogue o mesmo jogo, o mesmo jogo". Só conseguia pensar em uma estratégia para me livrar dos olhos daquele rapaz que pouco a pouco me dominavam... Decidi então ouvir minhas compreensões. Joguei à mesa todos os desvarios de uma menina aparentemente normal. Contei-lhe minhas ideias sobre a vida e sobre o ser e também sobre... Espera... Eu estava sendo eu mesma... Eu mesma de uma forma que nunca havia ousado ser. Eu! Eu! Totalmente eu, totalmente carregada de eu, eu e... Eu! Quis inventar um alguém, e puxei de mim da forma mais profunda possível, eu.
Senti os olhos do rapaz baixarem, senti que olhavam agora surpresos, que não dominavam, mas sim sentiam-se vorazmente dominados.
Entregou-me um buquê de rosas (as rosas mais perfumadas que eu já pude ter sentido). E sentou-se à minha mesa.
Tudo corria aparentemente bem, a não ser por aquele olhar e aquelas palavras ditas tão comedidamente. Seu olhar era de demasiada intensidade e charme, olhava-me como se pudesse extrair cada minucioso detalhe do meu ser. Como se cada pedaço de essência que caísse de meus olhos, o cavalheiro rapidamente pudesse decodificá-lo, e tomar posse, cada minuto mais um pouco e mais um pouco.
Que charme aquele homem! E eu nem sabia nada ao seu respeito, só conhecia seus olhos, sua voz... Em vinte minutos de conversa, já me sentia totalmente nua. Será que já estou toda sobre a mesa? Meu Deus, mas nem conheço esse homem! Por que sentou-se aqui?
“Jogue o mesmo jogo, o mesmo jogo". Só conseguia pensar em uma estratégia para me livrar dos olhos daquele rapaz que pouco a pouco me dominavam... Decidi então ouvir minhas compreensões. Joguei à mesa todos os desvarios de uma menina aparentemente normal. Contei-lhe minhas ideias sobre a vida e sobre o ser e também sobre... Espera... Eu estava sendo eu mesma... Eu mesma de uma forma que nunca havia ousado ser. Eu! Eu! Totalmente eu, totalmente carregada de eu, eu e... Eu! Quis inventar um alguém, e puxei de mim da forma mais profunda possível, eu.
Senti os olhos do rapaz baixarem, senti que olhavam agora surpresos, que não dominavam, mas sim sentiam-se vorazmente dominados.